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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Shipper, half shipper, noromo. Você sabe o que é isto?



Se você sabe o que significa shipper, provavelmente você é ou já foi um, certo?
Shipper é a abreviatura de relationshipper, termo em inglês usado para se referir à pessoa que torce para que um casal fique junto. Quando surgiu o termo, ele era usado apenas para definir possíveis casais nos seriados de TV, mas hoje, tem muita gente por aí usando o termo para os possíveis casais da vida real.
Sempre tem algum amigo / a que insiste em fazer papel de cupido e ver romance em tudo, não é mesmo? Pois bem, essa pessoa é o nosso famoso shipper!

De onde surgiu esse termo?
O primeiro casal shipper que se tem notícia é Mulder e Scully, protagonistas do seriado “Arquivo-X”, criado por Chris Carter e produzido pela FOX nos anos 90.

A série, que possui nove temporadas, gira em torno de um casal de agentes do FBI que investiga casos bizarros e não solucionados pelos meios convencionais como abduções por alienígenas e atividades paranormais. Uma conspiração governamental que tenta acobertar as verdades desvendadas durante as investigações é o tempero perfeito para apimentar ainda mais o relacionamento entre Mulder e Scully.

A tensão sexual existente entre os personagens principais logo despertou o interesse dos fãs e, num piscar de olhos, surgiram as discussões sobre o assunto e o termo shipper foi instaurado pelos românticos de plantão que sonhavam com o primeiro beijo do casal.

Com o termo shipper, surgiram outros que passaram a fazer parte do vocabulário diário dos fãs da série:

  • Half Shipper – pessoa que deseja o envolvimento romântico dos personagens mas, temendo que a série desande e se torne um verdadeiro melado, perdendo sua essência, preferem que isto ocorra apenas no final da última temporada ou próximo disso

  • UST – abreviação de Unresolved Sex Tension (Tensão Sexual Não Resolvida). Normalmente bastante apreciada por shippers e half shippers, é aquele clima que surge com um olhar especial, um toque suave ou um abraço expansivo.

  • Noromo – derivado do termo em inglês No Romance (Sem Romance), indica a pessoa que é totalmente contra um relacionamento amoroso entre os protagonistas e não consegue ver nada de romântico em um aperto de mãos, um toque nas costas ou num olhar de cumplicidade. Acredita que tudo não passa de profissionalismo e amizade.

Mas se são as pessoas que torcem pelo relacionamento, porque o casal em questão passa a ficar conhecido como shipper?
Porque é tanta gente “shippando”, que é mais fácil falar que o casal é shipper, afinal, desperta o romantismo de muitos.

Shippar” é o “verbo” criado pelos fãs para definir o ato de torcer pelo romance. Assim, é comum ouvir por aí as pessoas perguntando se você “shippa” este ou aquele casal. Há vinte anos os fãs começaram a “shippar” e, ao que tudo indica, isso nunca irá mudar.

Fox Mulder e Dana Scully são um ícone shipper. Foram os primeiros a serem “shippados”, encabeçando uma enorme lista que veio a seguir.

Hoje são tantos os casais “shipper” da TV que chegamos a perder a conta.
Olivia e Elliot (SVU); Tony e Ziva (NCIS); Sam e Jack (Stargate SG-1); Castle e Beckett (Castle); Kensi e Deeks (NCIS LA) são apenas alguns dos muitos exemplos de “shippers” que dominam os corações apaixonados dos fãs.

Agora que você já sabe o que significa ser shipper, half shipper e noromo, com certeza, já se enquadrou em algum perfil, certo? Ou, quem sabe, em mais de um ou até em todos, um para cada série que você assiste.

Não importa se você “shippa” num seriado de TV, num filme, num livro ou na vida real. Shippar dá aquela pitada de sabor a mais, aquela vontade de assistir novamente, de querer sempre mais... Você pode até ser noromo, mas, lá no fundo, é provável que você seja, já foi ou será um shipper em algum momento de sua vida...

Ser shipper é considerado algo saudável pelos fãs, uma forma de extravasar o stress do dia-a-dia e liberar o lado romântico que está guardado naquele cantinho do coração.

E aí, animado para "shippar" seu casal favorito?





sábado, 25 de outubro de 2014

Apresentando séries de qualidade: “Lei e Ordem: Unidade de Vítimas Especiais (SVU)”



Quando o assunto é série de TV com qualidade, impossível não lembrar imediatamente de “Lei e Ordem – Unidade de Vítimas Especiais ou, simplesmente, SVU, como preferem os fãs. Para quem está chegando agora e não conhece a série, SVU é a sigla usada para abreviar “Special Victims Unit” – título original em inglês.

Olivia Benson, representada pela atriz Mariska Hargitay, é o personagem principal e é considerada “o coração” da série. 

Mas afinal, do que se trata SVU?

SVU é um seriado policial onde um esquadrão de elite e rigorosamente selecionado atua para solucionar crimes sexuais e punir seus responsáveis.

A série está no ar há dezesseis anos e, claro, isso não é à toa! Roteiros muito bem trabalhados e coerentes são a base do sucesso. Muitos crimes reais já foram adaptados e representados na série.
Não se trata apenas de mais uma série “legalzinha”. Existe uma enorme preocupação dos criadores e roteiristas em trazer alertas para a população, assim como educar as pessoas para que não sejam vítimas em potencial e, caso venham a sê-lo, como devem proceder.

A atriz Mariska Hargitay acabou por se envolver tanto com o tema do seriado que hoje é líder de uma campanha contra a violência contra a mulher que atrai a cada dia, mais e mais colaboradores. “No more” ou “Basta ou chega”, traduzindo para o português, é uma campanha que incentiva o fim das desculpas dadas pelos criminosos para atacar as mulheres. Chega de violência, chega de querer culpar as vítimas pelas agressões sofridas.

Mariska possui também a ONG “Joyful Heart Foundation” ou, traduzindo, “Fundação Coração Alegre”, que visa curar, educar e fortalecer vítimas de crimes sexuais, violência doméstica e abuso infantil. 

A declaração de Mariska sobre o assunto é muito verdadeira:
“Quando uma pessoa é vítima de abuso sexual, as portas para a sua alma se fecham. O objetivo da fundação é trazer de volta a luz e a vida para dentro dessas pessoas, banir a escuridão e iniciar a cura.”

A série não se apega a preconceitos e deixa bem claro que não apenas as mulheres podem ser vítimas de crimes sexuais, mas homens e crianças também e que todos devem ser respeitados e tratados com o carinho e compreensão que merecem.

Mas nem só de informação e boas intenções vive um fã de seriados e os produtores de SVU sabem muito bem disso.

Uma das coisas que mais atraem os fãs são os dramas pessoais dos personagens principais, com os quais eles acabam, inevitavelmente, se apegando. No início, SVU fugia um pouco disso e as histórias se desenrolavam sem maiores demonstrações do envolvimento dos personagens. Olivia Benson e Elliot Stabler – interpretado por Christopher Meloni – eram parceiros, extremamente profissionais que combatiam o crime sexual de modo muito profissional e eficiente.

Com o passar do tempo, descobrimos que Olivia é uma criança nascida como resultado  de um estupro, o que aumenta o drama do personagem. Esse fato é muito bem trabalhado desde o momento em que foi revelado até os dias atuais.

A amizade entre Olivia e Elliot também foi se desenvolvendo no decorrer dos anos e, apesar de Elliot ser casado e ter filhos, os fãs passaram a fazer uma enorme torcida para que o casal de detetives tivesse um envolvimento romântico. Cada olhar, cada toque, por menor que fosse, era capaz de levar os fãs ao delírio.

Com a fórmula do sucesso encontrada, o drama pessoal dos personagens segue paralelo com os casos investigados, dando o equilíbrio perfeito à trama. Apesar de cada episódio ter início, meio e fim em relação ao caso investigado, a história dos personagens principais segue em evolução.

Olivia é vítima, por duas vezes, de violência sexual e a delicadeza e a competência com as quais o assunto é tratado emocionou e continua emocionando fãs de todas as idades. As consequências psicológicas que um trauma desses pode causar é mostrado através do drama pessoal de Olivia com muita maestria.

Ao final da décima segunda temporada, o ator Christopher Meloni decide sair da série, o que choca os fãs que, até hoje, não perderam a esperança de que ele possa retornar algum dia.

Para suprir a falta de Elliot, passaram a integrar o esquadrão dois novos personagens: Amanda (interpretada por Kelli Giddish) e Nick (interpretado por Danny Pino), o novo parceiro de Olivia.

Olivia também ganha um par romântico, o que alegrou muitos fãs que acreditam que ela merece ser feliz, por tudo o que já sofreu. Mas, ao que tudo indica... esse romance tem os dias contados...

Muitos fãs relutaram em aceitar os novos personagens e duvidavam que a série durasse sem Chirstopher Meloni, porém, mais uma vez, a equipe de produção da série mostrou que sabe o que faz e, ao contrário do que todos esperavam, conseguiu melhorar ainda mais a qualidade de seus episódios tornando inevitável a aceitação dos novos personagens que hoje, já possuem de fãs por todos os lados.

Olivia Benson continua liderando o time e, como seu superior mesmo diz quando deixa o cargo: “Você é o coração de SVU.” E sim, ela é! Não há como não se apaixonar por Olivia Benson, um personagem extremamente cativante.
E também não há como não se apaixonar por Mariska Hargitay, essa atriz que vem se mostrando uma pessoa de um coração enorme e cheio de bondade que se inspirou na ficção para ajudar na realidade.

Se você ainda não conhece “Lei e Ordem: Unidade de Vítimas Especiais”, dê uma chance para este show que é repleto de ação e drama tratados com muita sensibilidade e competência.

SVU vai ao ar, no Brasil, com episódios inéditos, todas as terças-feiras, às 22:00, no canal pago Universal Channel. Há horários alternativos de reprises tanto dos episódios inéditos quanto das temporadas anteriores.

Vale a pena conferir!





quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Comic Con, aí vou eu!

Em março deste ano, fui convidada pelo TeleSéries a escrever um texto para coluna Séries & Eu, contando minha experiência na Comic Con. Como, na época, ainda não tinha meu blog, resolvi, agora, compartilhar a experiência com vocês.


Eu sou fã de seriados desde sempre. Comecei, ainda criança, com As Panteras (alguém aí ainda se lembra de Kelly, Cris e Sabrina?), e não parei mais. E as séries policiais sempre tiveram um charme a mais, para mim. Algo como… pessoas normais também podem ser heroínas.

Com o passar do tempo, convenções e pequenas reuniões começaram a surgir no Brasil e, é claro, sempre que possível, eu marcava presença. E foi assim que acabei fazendo parte de um grupo de teatro amador que realizava performances baseadas em seriados de sucesso. Essas experiências fizeram com que eu conhecesse cada dia mais fãs, não apenas das minhas séries favoritas, mas de seriados de todos os tipos, o que foi muito legal! E foi aí que comecei a ouvir comentários sobre as Comic Con de San Diego, consideradas as maiores do mundo.

Um ou outro felizardo que havia tido a experiência da Comic Con relatava sua história para alguém e logo todos estavam sabendo. Cada um contava uma parte do todo e eu ficava imaginando a sensação incrível que deveria ser estar num evento grandioso como esse.

Alguns anos mais tarde, numa reunião de amigos, surgiu a pergunta: “Vamos à Comic Con ano que vem? (2012)” E de uma brincadeira, logo o papo ficou sério e eu me vi pesquisando tudo sobre Los Angeles e San Diego – CA. Mesmo sem a certeza de que conseguiria comprar os ingressos (o que é um verdadeiro drama) e sem ter a menor ideia de quem seriam os convidados, eu já fazia planos toda animada.

O drama dos convites se deve à venda dos ingressos ser feita pela internet e é preciso ter um cadastro prévio, com um username e uma senha definidos pela equipe organizadora da Comic Con. Ok. Com tudo em mãos, lá fui eu para a frente do notebook, na maior ansiedade, pois o comentário era de que muita gente não consegue comprar os ingressos, o site fica congestionado… enfim, todos os tipos de contratempos que acontecem nessas compras pela internet. E… aconteceu um desses contratempos comigo!

Quando chegou minha vez na fila, a senha fornecida não funcionava! Ainda haviam ingressos disponíveis para três dias, mas eu não conseguia comprá-los! E por mais que eu tentasse… não consegui! Dá para imaginar o tamanho da frustração?!

Passados aqueles quinze minutos de desespero (ok, foram bem mais que quinze minutos…), resolvi escrever um e-mail para a equipe organizadora do evento e, para minha surpresa, eles me responderam rapidamente. Após verificarem o meu caso, perceberam que havia acontecido o que eles chamaram de “problema de sufixo de sobrenome”, o que nada mais é do que uma pane no programa que eles utilizam e que não está acostumado com as preposições da nossa querida língua portuguesa.
Resultado: a equipe foi extremamente gentil e educada comigo e, como forma de se desculparem pelo transtorno, me ofereceram a possibilidade de comprar ingressos para todos os dias. Dá para acreditar?! O que parecia o maior dos azares se transformou no maior golpe de sorte. E com uma chance dessas, é claro que eu comprei ingressos para todos os dias.

A Comic Con, para mim, sempre foi a respeito do evento em si, e não sobre qual celebridade eu poderia encontrar por lá. Estar em San Diego, num mega evento de seriados, cinema e quadrinhos, cercada de pessoas com os mesmos gostos que eu, era tudo o que eu queria. E assim, eu não me preocupei com quem seriam os convidados de destaque e me mantive tranquila até a divulgação da programação oficial, que só saiu quinze dias antes da Comic Con.

Sou fã de Castle, Criminal Minds (hoje em dia nem tanto, a saída da Prentiss colocou um fim na série, para mim), NCIS, NCIS LA, Law and Order: SVU e outras séries policiais. E quando saiu a programação, para minha surpresa e felicidade, não seria apenas uma Comic Con, mas uma Comic Con com a presença de Paget Brewster (Emily Prentiss, minha personagem favorita de Criminal Minds) e Nathan Fillion (Castle).

Ainda assim não me permiti ficar muito empolgada, pois sabia que as pessoas costumam dormir na fila para ver seus ídolos, o lugar fica lotadíssimo e é uma verdadeira maratona conseguir encontrar os atores mais famosos. E dormir na fila era algo totalmente fora de cogitação para mim. Eu queria uma experiência agradável e tranquila, nada de stress.

Chegando em San Diego, eu e os dois amigos que me acompanharam resolvemos dar uma passadinha no centro de convenções. Era quinta-feira (primeiro dia), e só queríamos ver como era o evento, pois nesse dia não tinha muita coisa que nos interessasse. Era tanta gente naquele espaço gigantesco que demorou cerca de quinze minutos para que eu me separasse deles, e assim foi todos os dias. Eu curti a Comic Con sozinha, com exceção de alguns poucos momentos em consegui encontrar com meus amigos, sempre meio que por acaso. Conheci muita gente legal , a maioria americanos e, quando eu falava que era brasileira, todo mundo ficava interessado em saber como são as coisas por aqui. Foi bem legal.
Como não havia nada em especial que eu quisesse ver, decidi que iria entrar na primeira sala que estivesse mais vazia para dar uma olhada. Dessa forma, fui parar no painel de Nikita. O elenco estava todo lá e apesar de não assistir a série, fiquei encantada com a simpatia de todos, especialmente da atriz Maggie Q, que deu vida à personagem Nikita.



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Uma coisa que impressionou muito na Comic Con foi a organização e o respeito que todos têm em relação à ordem. Se um segurança fala para os fãs não ultrapassarem uma faixa pintada no chão, ainda que o seu ator favorito esteja desfilando a meio metro de distância, ninguém ultrapassa! É um evento muito tranquilo, onde todos se respeitam.
No dia em Paget Brewster estaria presente no painel de um desenho animado (não me lembro o nome, pois o conheci naquele momento) no qual ela faz a dublagem de um personagem, eu fui sozinha ao evento (apenas eu tinha ingresso para todos os dias). Quando eu cheguei, a fila era algo que sequer poderia ter imaginado… começava próxima à entrada da sala onde seria o painel, dava voltas por grande parte do centro de convenções e continuava na parte externa do prédio, dando várias voltas. Pelas conversas que eu conseguia ouvir enquanto caminhava, a maior parte das pessoas havia dormido na fila, confirmando os boatos que eu já escutara.
No momento em que, finalmente, encontrei o fim da fila, as pessoas começaram a andar: as portas da sala haviam sido abertas. Entrei calmamente e dei uma olhada geral. O lugar estava lotado! Como só havia lugares livres no fundo, concluí que não tinha nada a perder se fosse dar uma volta lá na frente antes de arrumar um lugarzinho para sentar. Quando cheguei na primeira fileira, notei um  lugar vazio… achei estranho e perguntei se aquela cadeira já era de alguém e, para minha surpresa não, ela estava vazia, linda e maravilhosa, à minha espera. Usei minha mochila para guardar meu lugar e continuei andando. As plaquinhas com os nomes dos convidados já estavam sobre a mesa e, exatamente à frente da placa com o nome Paget Brewster, adivinhem o que eu vi? Outro lugar vazio e sem dono! Me mudei pra lá imediatamente. Enquanto a maioria das pessoas ali sequer havia dormido, eu havia acordado às 9:00, tomado um café da manhã tranquilamente e estava sentada a meio metro da atriz que eu queria ver. Ah... a sorte…
O painel começou e, mais uma vez, todos foram muito simpáticos, especialmente a Paget. Durante o painel conheci uma garota americana que também estava ali por causa de Criminal Minds e tinha bastante experiência em Comic Con (ela vai todos os anos). Minha nova amiga me deu algumas dicas e me mostrou por onde os convidados costumam sair. Ao final do painel, a Paget viu que eu estava tirando fotos e fez pose, uma graça!
Eu já estava bem satisfeita com as coisas e deixei o salão sem nenhuma pretensão, mas… resolvi dar uma passada em frente à saída que a moça havia me indicado. Quando eu cheguei, encontrei novamente a mesma moça e um outro rapaz na esperança de que a porta se abrisse… e foi exatamente o que aconteceu naquele exato momento e adivinhem quem saiu de lá toda sorridente? Paget Brewster!





 Ela estava indicando o caminho do toilette para alguém e quando nos viu, e foi extremamente simpática. Veio conversar com a gente e ficou um bom tempinho “jogando conversa fora” conosco. Ela disse que ouviu falar que Criminal Minds é muito popular no Brasil. Quando pedimos para tirar foto com ela, concordou na hora e abriu um sorrisão! Ela teve uma postura muito além do profissional: nos atendeu com o maior carinho. Foi super espontânea. Uma graça de pessoa.

E quem pensa que minha sorte acabou aí… está muito enganado…
No dia seguinte, houve um painel comemorativo de dez anos de Firefly, onde Nathan Fillion era um dos convidados mais disputados, Desnecessário dizer que não consegui chegar nem perto da entrada do famoso “Hall H”, o maior salão do evento. Mas… no domingo e último dia de evento, Nathan Fillion faria uma sessão de autógrafos, da qual só poderiam participar as pessoas que fossem sorteadas.
Nesse dia, eu e meus amigos madrugamos e chegamos ao centro de convenções antes das portas serem abertas e, assim que liberaram a entrada, corremos (ok, andamos muito rápido, porque é proibido correr pelos corredores) e fomos direto para a fila do sorteio, mas… infelizmente nenhum de nós foi sorteado.
Conformados com o fato, cada um foi procurar algo interessante para fazer. Eu disse a eles que, no horário da sessão de autógrafos, eu iria passar por lá, para ver se  conseguia ver o Nathan. Eles gostaram da ideia e disseram que também iriam.
Enquanto passeava entre os muitos stands de souvenirs de todos os tipos, fiz amizade com dois seguranças que me mostraram duas possibilidades de caminho que o Nathan faria até chegar ao stand dos autógrafos. Depois de avaliar as possibilidades, dei um tiro certeiro e apenas nós três estávamos na porta pela qual Nathan Fillion adentrou ao setor de stands de vendas. Nós o vimos bem de pertinho, tiramos foto e ouvimos um “Hi guys”, que foi a única coisa que ele falou enquanto andava rapidamente. Segundos depois, Nathan desapareceu por uma portinha minúscula no stand onde daria os autógrafos.
Resolvemos, então, nos aproximar do stand, para tentar uma foto melhor. Plenamente conscientes de que estávamos atrapalhando a passagem de quem trabalhava no stand, apenas aguardávamos o anúncio da entrada do Nathan para sairmos do lugar onde estávamos, liberando a passagem. Vimos um funcionário se aproximando e já fomos saindo do caminho quando ele nos surpreendeu nos chamando: “Hei, voltem! Vocês podem ficar aqui na frente.” E nos colocou na primeira fila, logo atrás da faixa que separava o público do palco.
Imaginem nossa empolgação! A sessão de autógrafos começou animada. Pedi para uma assistente tirar uma foto dele de pertinho e ela o fez com uma super boa vontade. Só isso já era mais do que suficiente para mim. Foi quando um assistente da equipe anunciou que todos já haviam recebido seus autógrafos, mais rápido do que o previsto, e Nathan ainda tinha alguns minutos disponíveis e passou a sortear pessoas na multidão para ganharem seus autógrafos. Um dos funcionários passou correndo e tocando a mão de quem era sorteado e eis que… eu fui uma das felizardas que foram sorteadas!
Eu e meus amigos nos entreolhamos com aquela cara de felicidade e, ao mesmo tempo, decepção, porque apenas eu havia sido sorteada. O rapaz do sorteio percebeu e perguntou se estávamos juntos. Quando dissemos que sim, ele chamou meus amigos também. Foi lindo!




Não era permitido fazer pose para tirar foto, porque atrasaria o andamento da fila, mas conseguimos tirar uma foto pertinho dele, o que já está ótimo e, de quebra, conseguimos um autógrafo. Eu, particularmente, não ligo para autógrafos, prefiro as fotos, mas guardo meu pôster autografado com muito carinho, porque, vocês hão de concordar comigo: tive muita sorte nessa Comic Con!





Foi uma experiência única! A Comic Con é um lugar mágico para fãs não apenas de seriados, mas de cinema e quadrinhos. Pessoas desfilando fantasiadas por todos os lados, eventos paralelos e o agito nas ruas próximas ao centro de convenções contribuem para o clima alegre e descontraído que envolve a cidade, que é linda, durante quatro dias, uma vez ao ano, todos os anos.
Para quem tiver a oportunidade de participar de uma Comic Con, fica a dica: não pense duas vezes. Vá! Você não irá se arrepender!